Por Janaina Pereira, de Veneza
Um dos filmes mais esperados do Festival de Veneza esse ano, The Light Between Oceans, de Derek Cianfrance, decepcionou. O longa trouxe ao evento o ator Michael Fassbender, após cinco anos longe do Lido. Foi aqui que o mundo descobriu que por trás da beleza rústica de Fassy havia um grande ator – ele ganhou a Coppa Volpi de atuação masculina por Shame e sua carreira nunca mais foi a mesma.
Nem Fassy. Blindado até os dentes pelos assessores do filme, agentes, etc, o ator permance simpático, mas já não tem a mesma disponibilidade que antes. Ainda assim, atrai multidões: a coletiva estava lotada e o alvoroço em torno de seu nome – foi o mais aplaudido pelos jornalistas – permanece (desde cedo fãs lotam o Lido para ver o ator hoje à noite no red carpet).
Mesmo o filme não sendo lá essas coisas, Fassbender mantém o alto padrão de suas atuações, entregando um personagem cheio de nuances. Ele interpreta um homem que encontra um homem morto e um bebê e quer contar tudo a polícia, mas a esposa (a recém oscarizada Alicia Vikander, em atuação mediana), que já sofreu dois abortos, quer ficar com o bebê. O dilema do casal permeia o filme.
A crítica em vídeo do filme está aqui: