Por Janaina Pereira
O chef gaúcho Marcos Livi formou a CGC (Cia. de Gastronomia e Cultura), um projeto que defende as artes culinárias enquanto manifestações culturais e que hoje reúne bares, box/loja de produtos do sul, pizzaria, delicatessen e até uma pousada gastronômica. Para sustentar a diversidade de casas com um padrão altíssimo de qualidade, Livi absorve grandes parceiros, e o mais recente é o premiado mixologista Marcelo Serrano.
Serrano cuidará dos drinques de todos os empreendimentos de Livi, a começar pelo Verissimo, que está comemorando dez anos de sucesso. “Normalmente, participo da montagem do bar. Assumir um balcão que já faz tanto sucesso, sobretudo com caipirinhas, é um desafio imenso”, revela o experiente bartender.
Marcelo Serrano enxugou a carta de cachaças, mantendo 13 rótulos de características distintas. além disso, criou sete coquetéis autorais, introduziu o moscow mule (drinque à base de vodca, Angostura, limão e espuma de gengibre, servido em canequinha de cobre, que se tornou sua marca; R$ 27), clássicos como o negroni (R$ 31), o bellini (R$ 27) e o mai tai (R$ 31), além de ter padronizado as amadas caipirinhas da casa (R$ 27, sejam feitas com cachaça, saquê ou vodca).
Inspirado no escritor gaúcho Luis Fernando Veríssimo (daí o nome, sacaram?), o Veríssimo tem uma cozinha voltada para a culinária da Espanha e seus pratos e tapas, mas sem deixar de lado o DNA dos petiscos e a criatividade do chef. Considerando isso, Serrano chegou a uma carta festiva que brinca com as influências ibéricas, como se vê no catalão (com vinho tinto, aperol, xarope de sangria, gengibre e tônica; R$ 27) e no madrileño (vinho branco, grapefruit, pêssego e alecrim; R$ 27), assim como com sua vida no interior paulista, evidenciada pelo braga city (cachaça com mel, frutas vermelhas, canela e limão, uma homenagem a Bragança Paulista; R$ 31).
“Pela alta rotatividade do bar e pelas longas esperas, também quis privilegiar receitas leves e refrescantes, como o paraíso tropical, feito com gim, manga, melão, bitter de laranja, espumante e salsão (R$ 31)”, justifica o barman que, para paladares mais intensos, acena com o salute (bourbon, mirtilo, limão e Falernum, um mix de sabores caribenhos; R$ 31).
“Não faço nada sozinho. Acredito na gastronomia colaborativa e quero que o Grupo CGC tenha o maior número de figuras competentes e premiadas, porque é isso que fortalece a cozinha no Brasil”,conclui Livi.
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